Ó Senhor, Deus que me salva, a ti clamo dia e noite.
Que a minha oração chegue diante de ti
Tenho sofrido tanto que a minha vida está à beira da sepultura!
Sou contado entre os que descem à cova
Fui colocado junto aos mortos, sou como os cadáveres que jazem no túmulo, dos quais já não te lembras, pois foram tirados de tua mão.
Puseste-me na cova mais profunda, na escuridão das profundezas.
Afastaste de mim os meus melhores amigos e me tornaste repugnante para eles. Estou como um preso que não pode fugir
minhas vistas já estão fracas de tristeza. A ti, Senhor, clamo cada dia
Acaso mostras as tuas maravilhas aos mortos? Acaso os mortos se levantam e te louvam? Pausa
Será que o teu amor é anunciado no túmulo, e a tua fidelidade, no Abismo da Morte?
Acaso são conhecidas as tuas maravilhas na região das trevas, e os teus feitos de justiça, na terra do esquecimento?
Mas eu, Senhor, a ti clamo por socorro
Por que, Senhor, me rejeitas e escondes de mim o teu rosto?
Desde moço tenho sofrido e ando perto da morte
Sobre mim se abateu a tua ira
Cercam-me o dia todo como uma inundação
Tiraste de mim os meus amigos e os meus companheiros