Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão longe de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia?
Meu Deus! Eu clamo de dia, mas não respondes
Tu, porém, és o Santo, és rei, és o louvor de Israel.
Em ti os nossos antepassados puseram a sua confiança
Clamaram a ti, e foram libertos
Mas eu sou verme, e não homem, motivo de zombaria e objeto de desprezo do povo.
Caçoam de mim todos os que me vêem
"Recorra ao Senhor! Que o Senhor o liberte! Que ele o livre, já que lhe quer bem! "
Contudo, tu mesmo me tiraste do ventre
Desde que nasci fui entregue a ti
Não fiques distante de mim, pois a angústia está perto e não há ninguém que me socorra.
Muitos touros me cercam, sim, rodeiam-me os poderosos de Basã.
Como leão voraz rugindo escancaram a boca contra mim.
Como água me derramei, e todos os meus ossos estão desconjuntados. Meu coração se tornou como cera
Meu vigor secou-se como um caco de barro, e a minha língua gruda no céu da boca
Cães me rodearam! Um bando de homens maus me cercou! Perfuraram minhas mãos e meus pés.
Posso contar todos os meus ossos, mas eles me encaram com desprezo.
Dividiram as minhas roupas entre si, e tiraram sortes pelas minhas vestes.
Tu, porém, Senhor, não fiques distante! Ó minha força, vem logo em meu socorro!
Livra-me da espada, livra a minha vida do ataque dos cães.
Salva-me da boca dos leões, e dos chifres dos bois selvagens. E tu me respondeste.
Proclamarei o teu nome a meus irmãos
Louvem-no, vocês que temem o Senhor! Glorifiquem-no, todos vocês, descendentes de Jacó! Tremam diante dele, todos vocês, descendentes de Israel!
Pois não menosprezou nem repudiou o sofrimento do aflito
De ti vem o tema do meu louvor na grande assembléia
Os pobres comerão até ficarem satisfeitos
Todos os confins da terra se lembrarão e se voltarão para o Senhor, e todas as famílias das nações se prostrarão diante dele,
Todos os ricos da terra se banquetearão e o adorarão
e a um povo que ainda não nasceu proclamarão seus feitos de justiça, pois ele agiu poderosamente.