Como cobre de nuvens o Senhor na sua ira a filha de Sião! Derribou do céu à terra a glória de Israel, E no dia da sua ira não se lembrou do escabelo dos seus pés.
O Senhor tragou todas as habitações de Jacó, e não mostrou piedade
No furor da sua ira cortou toda a força de Israel
Armou o seu arco como inimigo, postou-se como adversário com a sua destra
O Senhor tornou-se como inimigo, tragou a Israel
Demoliu com violência o seu tabernáculo como se fosse o dum jardim
O Senhor rejeitou o seu altar, abominou o seu santuário, Entregou nas mãos do inimigo os muros dos seus palácios
Jeová resolveu destruir o muro da filha de Sião
Sepultadas na terra estão as suas portas, ele destruiu e quebrou os ferrolhos dela
Estão sentados no chão os anciãos da filha de Sião, e calados
Os meus olhos enfraquecem à força de chorar, turbadas estão as minhas entranhas, O meu fígado derramou-se pela terra por causa da destruição da filha do meu povo
Ao desfalecerem, como feridos, nas ruas da cidade, Ao exalarem as suas almas no regaço de suas mães, Eles lhes perguntam: Onde está o trigo e o vinho?
Que testemunho te darei? a que te assemelharei, ó filha de Jerusalém? A que te compararei, para te consolar, ó virgem filha de Sião? Pois grande é como o mar a tua brecha
Os teus profetas viram para ti visões vãs e fátuas
Todos os que passam, batem com as mãos sobre ti
Todos os teus inimigos abriram contra ti a sua boca
O coração deles clamou ao Senhor: Ó muro da filha de Sião, derrama lágrimas como uma torrente, de dia e de noite
Levanta-te, clama de noite, no princípio das vigias
Vê, Jeová, e considera, a quem assim tens tratado! Acaso comerão as mulheres o fruto das suas entranhas, as crianças enfaixadas pelas suas próprias mãos? Matar-se-ão no santuário do Senhor o sacerdote e o profeta?
Jazem por terra nas ruas o moço e o velho
Convocaste, como no dia duma assembléia solene, os meus terrores de todos os lados